A Assembleia da República(AR) aprovou hoje o Plano Económico e Social (PES) e o Orçamento do Estado (OE) de 2020, documentos com metas que sofreram alterações de última hora, devido ao impacto da pandemia da covid-19.
O PES e o OE foram aprovados na generalidade e especialidade, com 179 votos a favor da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder.
A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, rejeitou os dois instrumentos, com 54 votos contra.
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido, também chumbou os dois documentos, com seis votos contra.
Devido ao impacto da covid-19, o PES e o OE cortam a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de 4,0% para 2,2%, e as receitas, de 261 mil milhões de meticais para 235,5 mil milhões de meticais.
A taxa de inflação média anual foi revista de 4,4% para 6,6%.
O PES e o OE hoje aprovados fixam a despesa total em pouco mais de 345,3 mil milhões de meticais.
O valor de exportações de bens deverá atingir 4,4 mil milhões de dólares e espera-se que as reservas internacionais líquidas ultrapassem 3,2 mil milhões de dólares, uma cifra suficiente para cobrir 5,8 meses de importações.
Durante a apresentação do PES e OE, o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, avançou que o país perdeu, “de imediato”, receitas no valor de 26,4 mil milhões de meticais, devido ao ajustamento orçamental provocado pela covid-19.
“De imediato, perdemos 26,4 mil milhões de meticais de receitas e precisamos de encontrar uma outra solução para esse prejuízo”, declarou Adriano Maleiane.
Agência Lusa