A garantia soberana de 136,1 mil milhões de meticais (cerca de 2,2 mil milhões de dólares) inscrita no Orçamento de Estado moçambicano para 2019 a favor da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) foi já utilizada, disse o ministro da Economia e Finanças.
O ministro Adriano Maleiane respondia a uma questão colocada pelo jornal @Verdade, quando saía de uma audição parlamentar ocorrida na passada sexta-feira, dia 10 de Abril.
A garantia soberana visava permitir que a empresa se pudesse endividar junto de instituições de crédito para garantir o investimento que terá de efectuar para assegurar a sua quota de 15% no consórcio Mozambique LNG de exploração de gás natural no campo Golfinho/Atum na Área 1 da Bacia do Rovuma.
Com mais este endividamento, o passivo da ENH com instituições bancárias e parceiros que irão explorar depósitos de gás natural naqueles campos do bloco Área 1 ascende a 3,7 mil milhões de dólares.
O bloco é liderado e operado pelo grupo francês Total, na sequência da compra dos activos detidos pelo grupo americano Anadarko Petroleum, sendo os restantes parceiros a ENH Rovuma Área Um, subsidiária da estatal moçambicana Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, com 15%, Mitsui E&P Mozambique Area1 Ltd. (20%), ONGC Videsh Ltd. (10%), Beas Rovuma Energy Mozambique Limited (10%), BPRL Ventures Mozambique B.V. (10%) e PTTEP Mozambique Area 1 Limited (8,5%).