Os indicadores avançados da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, que servem para medir quase em ‘tempo real’ a actividade económica, tiveram em Março uma queda histórica. Segundo a OCDE, tiveram na maior parte das economias analisadas (as principais economias mundiais e blocos como a zona euro) a sua maior queda mensal de sempre.
É um desempenho que reflecte já o considerável impacto económico da pandemia de Covid-19 e o seu efeito na produção, no consumo e na confiança dos consumidores e empresários. Das economias monitorizadas todas têm uma queda acentuada à excepção da Índia.
Os CLI, indicadores compostos da OCDE, apresentam quedas de Fevereiro para Março de 0,8% no conjunto da OCDE, de 1,16% na Zona Euro, de 0,59% nos Estados Unidos da América e de 0,3% na China. Também a Rússia, com um recuo de 1,59%, surge em destaque pela negativa.
Indicadores avançados divulgados esta quarta-feira pela OCDE, referentes a Março, apontam a maior queda mensal da actividade económica na maior parte das grandes economias mundiais
Numa comparação em termos homólogos, face a Março de 2019, os indicadores compostos apresentam uma descida de 0,67% no conjunto da região OCDE, sendo essa queda especialmente acentuada na Zona Euro (1,47%) e na Rússia (2,57%).
Várias economias têm também quedas significativas em termos homólogos, como o Japão (1,7%), Alemanha (2,25%), Itália (1,54%) e Brasil (1,26%).
A OCDE sublinha o cuidado com que estes indicadores devem ser lidos, uma vez que a incerteza sobre as restrições associadas à pandemia torna imprevisível a duração e o impacto real da presente crise, o que significa que a tendência dos indicadores avançados reflecte mais o estado actual da economia do que o seu comportamento futuro.