Os preços do “ouro negro” negociaram ontem a oscilar entre ganhos e perdas, durante grande parte da sessão, ao sabor do que vai sendo dito sobre a reunião virtual da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados (o chamado grupo OPEP+), prevista para quinta-feira, 9 de Abril.
No final da jornada, tanto o Brent em Londres como o WTI em Nova Iorque registaram fortes quedas – nos EUA, o crude de referência caiu 17% em dois dias.
São cada vez mais as vozes que dizem que será necessário que os EUA entrem no esforço de corte de produção, numa espécie de OPEP++, bem como outros países – Reino Unido, Canadá, México e Brasil estão entre os que foram convidados a aderir.
Várias fontes da OPEP disseram ontem à Reuters que um grande corte da oferta no mercado dependerá do esforço de outros produtores e não apenas dos 14 que se têm unido aos 10 membros da OPEP desde Janeiro de 2017. “Sem os EUA, não há cortes”, sublinhou, por outro lado, uma fonte da OPEP+.
A reunião virtual de quinta-feira está prevista para as 14:00 TMG (mais uma hora em Lisboa).
No dia seguinte, Sexta-feira Santa, a Arábia Saudita realizará uma videoconferência (entre as 12:00 e as 14:00 TMG) com os ministros da Energia do G20 de modo a “assegurar a estabilidade do mercado energético”, segundo um documento interno a que a Reuters teve acesso.