A Montepuez Ruby Mining (MRM) aposta no reforço da mão-de-obra feminina nas suas actividades de mineração, nos últimos dois anos, a empresa registou um crescimento de 16% de empregos para mulheres.
A informação foi divulgada recentemente pelo Director Geral da MRM, Harald Hälbich, enaltecendo o valor da mulher em alusão as comemorações do Dia da Mulher Moçambicana, assinalado esta terça-feira, 07 de Abril, marcando a passagem da heroína Josina Machel, uma das mulheres mais admiradas e respeitadas da história de Moçambique.
As mulheres da MRM são vitais e valorizadas por suas habilidades, profissionalismo, determinação e força de vontade, especialmente porque operam num sector tradicionalmente dominado por homens.
Do número total de mulheres, 85% trabalha em áreas de apoio às operações, enquanto 15% trabalha directamente nas operações
Cristina Alberto é supervisora de mineração na MRM e conta sua experiência: “Minha conexão com a MRM começou com um estágio profissional, quando terminei meu curso de geologia e mineração. Estagiei 50% do tempo na área de geologia e o restante do tempo foi na área de mineração. Mesmo assim, eu era chamada de mão de ferro, devido ao meu papel entre os homens. Hoje sou supervisora de minas, à frente de uma equipa 100% masculina, o que é muito desafiador, mas ao mesmo tempo enriqueceu minha capacidade de liderar o sexo oposto.”
Como em muitas empresas de mineração, melhorar a proporção de género é uma área de melhoria contínua para a MRM. O recrutamento de mulheres qualificadas em Moçambique que podem trabalhar em posições relacionadas à mineração, não apenas em funções administrativas, continua sendo um grande desafio em toda a África.
De acordo com Fortado Macamo, gerente de recursos humanos da MRM “Com relação ao género, a MRM tem trabalhado progressivamente para criar novas oportunidades para a força de trabalho feminina, o que pode ser visto na representação actual em diversos departamentos, como: Sistema de Gestão de Informações, Finanças, Recursos Humanos, Administração, Compras e Logística, Engenharia, Mineração, Responsabilidade Social Corporativa, Clínica e Seleção e Classificação de Rubis.”
Do número total de mulheres, 85% trabalha em áreas de apoio às operações, enquanto 15% trabalha directamente nas operações; portanto, a MRM ainda deseja ver uma maior integração das trabalhadoras nas áreas de geologia, gemologia, minas e operação de máquinas pesadas.
Trabalhar remotamente e a diversidade cultural são dois grandes desafios. Telma Mabote, enfermeira da MRM, considera que “o principal desafio é trabalhar em uma área remota, estar longe da minha família e trabalhar com pessoas de diferentes regiões do mundo. Mas tenho certeza que essa experiência abrirá portas profissionais para mim no futuro.”
Segundo Harald Hälbich, Director-Geral da MRM, “os últimos dois anos foram marcados por uma boa progressão na contratação de mão-de-obra feminina na MRM, com um crescimento de 16%. As mulheres da MRM são um exemplo e uma inspiração para outras mulheres e a nossa empresa orgulha-se disso.”