De acordo com uma notícia publicada na revista SciDev.Net, na China estão a ser utilizados robôs que utilizam luzes ultravioleta para a limpeza de hospitais, sendo que o objectivo é minimizar a exposição dos profissionais de saúde ao coronavírus. Os robôs estão também a ser usados para fornecer alimentos e medicamentos e medir a temperatura dos pacientes.
Por seu turno, os chineses estão também a utilizar drones estão para transportar suprimentos, desinfectantes em spray e imagens térmicas às equipas hospitalares. A notícia refere ainda que as forças policiais dispõem agora de capacetes “inteligentes” equipados com tecnologia de reconhecimento facial e câmara de infra-vermelhos que lhes permite detectar, automaticamente, a temperatura corporal de qualquer cidadão.
Mas, além deste uso, a tecnologia da Inteligência Artificial (IA) está a ser também utilizada nos processos de diagnóstico da doença. De acordo com Ming-Ming Cheng, professor da Faculdade de Ciência da Computação da Universidade Nankai, a utilização do software Infervision, que detecta automaticamente sintomas da doença através de imagens de tomografia computadorizada, permite acelerar o diagnóstico e reduzir o risco do erro humano, pois o sistema “ajuda os médicos a economizar tempo valioso e a aumentar a precisão do diagnóstico”.
Um outro projecto utiliza um modelo matemático que prevê para onde o vírus se pode espalhar com base nas rotas aéreas internacionais
Mas também fora da China se está a recorrer aos sistemas de Inteligência Artificial e de “Big Data” no que toca, nomeadamente, à monitorização da evolução do coronavírus. A universidade de John Hopkins, nos EUA, desenvolveu um mapa global, que é no momento considerado um dos mais fiáveis para acompanhar a evolução da pandemia. E o Healthmap, uma iniciativa de organizações como a Escola Médica de Harvard, o Hospital Infantil de Boston e a Universidade de Northeastern, adopta uma abordagem semelhante que combina “Big Data” e programas de IA.
Um outro projecto, o Event Horizon, utiliza um modelo matemático que prevê para onde o vírus se pode espalhar com base nas rotas aéreas internacionais.
Estas tecnologias estão também a desempenhar um papel fundamental no esforço dos cientistas para sequenciar o genoma do vírus. O sequenciamento feito pelos cientistas chineses, logo após o surto inicial em Wuhan, tem servido de base à comunidade científica internacional para desenvolver os seus próprios trabalhos.
Refira-se, por fim, que muitos cientistas estão a disponibilizar publicamente as suas pesquisas através de bancos de dados online, como o DrugVirus.Info, uma plataforma gratuita que apresenta informação sobre compostos existentes que podem ser potencialmente usados no tratamento da Covid-19.