Uma das principais implicações do novo coronavírus é a restrição de movimentação de pessoas de um país para outro. Como resultado, em Moçambique, o sector do Turismo já se ressente dos efeitos desta limitação, com cerca de 60% das estâncias turísticas praticamente fechadas.
O encerramento, ainda que temporário, dos estabelecimentos turísticos resulta da redução bastante acentuada de reservas que já tinham sido feitas nas estâncias turísticas nacionais, principalmente para a presente época de Páscoa.
O presidente da Federação Moçambicana do Turismo (FEMOTUR), José da Cunha, diz que os operadores turísticos estão a seguir as instruções do Ministério da Saúde e do Governo, de modo a manter os trabalhadores e os utentes salvos desta pandemia.
Só no turismo doméstico em Inhambane, são cada vez mais visíveis os sinais de dias negros para os operadores turísticos.
Só no turismo doméstico em Inhambane, são cada vez mais visíveis os sinais de dias negros para os operadores turísticos
Com a eclosão do COVID-19 no mundo inteiro, os turistas cancelaram todas as reservas feitas em Vilankulo para hospedagem até Dezembro. A saída era o turismo doméstico, mas nem mesmo os moçambicanos estão a viajar.
Sem hóspedes por receber, as estâncias turísticas serão obrigadas a fechar as portas e milhares de pessoas cairão no desemprego. O Presidente da Associação de Turismo de Vilankulo Yassin Amuji, diz que pelo menos três estâncias já fecharam as portas e outras estão em vias de seguir o mesmo caminho. Aliás, um Lodge que na sua fase de construção contratou cerca de dia mil pessoas, teve de suspender pelo menos 900 trabalhadores para aliviar a balança de pagamentos com a mão-de-obra.
Amuji defende a aplicação de medidas urgentes que aliviam o sufoco dos empresários, tais como a comparticipação do INSS no pagamento dos salários dos trabalhadores, bem como a aplicação de medidas monetárias por parte dos bancos comerciais.
Refira-se que em toda província de Inhambane, pelo menos oito estâncias turísticas já fecharam as portas devido a crise provocada pela pandemia da COVID-19.