O Dow Jones encerrou a sessão desta segunda-feira a escalar 7,73% para 22.679,99 pontos. Esta subida correspondeu a um ganho de 1.627,46 pontos – sendo de sublinhar que estas fortes oscilações (para cima e para baixo) têm dominado o mercado bolsista norte-americano ao longo do último mês.
Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 valorizou 7,03% para 2.663,68 pontos, o valor mais alto desde 13 de março, e já subiu 21,5% desde o seu último mínimo, marcado a 23 de março, saindo assim – tal como já tinha acontecido com o Dow Jones – de “bear market”. O Dow foi o mais rápido a reentrar em “bull market”, depois de ter estado no território dos ursos durante apenas 11 dias (naquele que foi o mercado urso mais curto de sempre).
Há, contudo, analistas que dizem que o movimento de queda ainda não parou e que os mínimos podem voltar a ser testados, pelo que se poderá estar perante um , no fundo, podemos estar perante uma segunda fase técnica do “bear market”.
Já o tecnológico Nasdaq Composite avançou 7,33% para se fixar nos 7.913,24 pontos – muito perto, assim, de regressar ao patamar dos 8.000 pontos.
Os principais índices do outro lado do Atlântico regressaram assim aos ganhos, depois do saldo negativo da semana passada.
A entusiasmar os investidores estiveram os dados que revelam uma desaceleração dos casos de novas infeções com o novo coronavírus no país – isto apesar de o número de mortos ter ultrapassado os 10.000.
Apesar deste sentimento positivo hoje vivido em Wall Street, o impacto económico da pandemia deverá penalizar fortemente as contas das empresas norte-americanas.
Segundo as estimativas da FactSet Research, os lucros das cotadas do S&P 500 deverão cair 7,3%, agregadamente, no primeiro trimestre – face aos valores de um ano antes.
A estimativa para o segundo trimestre é ainda pior, com os analistas a projetarem uma queda média de 15,1% dos lucros – o que, a suceder, rivalizará com o pior desempenho destas empresas desde a descida de 15,7% registada no terceiro trimestre de 2009 (o fim da Grande Recessão).