Com milhões de pessoas em todo o mundo obrigadas a ficar em casa por causa da pandemia global do coronavirus, o conceito de “teletrabalho” (como inicialmente, foi designado) ou de “trabalho à distância” ressurgiu em força nos últimos meses.
Durante a década de 90, com a massificação da internet e, posteriormente, o “boom” nas tecnologias móveis, muitos anteciparam um futuro dominado pelo “teletrabalho”. Mesmo se aplicável em muitos sectores, nem todos se entusiasmaram com a ideia.
Steve Jobs, o lendário e icónico fundador da Apple, sempre se mostrou averso à ideia, considerando que a criatividade se alimenta das interacções constantes que surgem no local de trabalho e que a inspiração acontece, muitas vezes, de forma fortuita e acidental nessa dinâmica relacional.
Por exemplo, Steve Jobs, o lendário e icónico fundador da Apple, sempre se mostrou averso à ideia, considerando que a criatividade se alimenta das interacções constantes que surgem no local de trabalho e que a inspiração acontece, muitas vezes, de forma fortuita e acidental nessa dinâmica relacional. Ainda hoje, as opiniões se mantêm divididas e há mesmo quem, como Kevin Rose, em artigo no “New York Times”, apesar de reconhecer o seu potencial em várias situações, considere existirem mais lados negativos do que positivos num futuro construído em torno do “trabalho à distância”.
Uma coisa é clara, no entanto: apesar de imposto por circunstâncias trágicas, a emergência do “trabalho à distância”, como forma de ajudar a mitigar a propagação do coronavirus, reabriu um debate sobre o “futuro do trabalho”.
Mas mais do que um debate, a “experiência” que está a ser vivida por milhões de pessoas constitui um verdadeiro “teste” prático, sem precendentes, à sua efectiva viabilidade em larga escala. As conclusões a que se chegar, passada esta crise, sobre as diversas componentes que lhe estão associadas (tecnológicas, sociais, psicológicas, comportamentais, etc.) irão certamente determinar as suas modalidades e o seu lugar no mundo do trabalho.
Para já, na linha da frente deste “teste” global estão empresas que dominam, por exemplo, o segmento das videoconferências, como a Zoom, uma das poucas que, perante a queda generalizada das bolsas, viu as suas acções subir.
Para os mais interessados, a Axios tem vindo a compilar uma extensa informação não só sobre o que está a acontecer, a nível global, mas também sobre reflexões e estudos em torno do tema (ver aqui e aqui).
Para além das questões de iliteracia tecnológica ou desconhecimento das ferramentas existentes, trabalhar e viver no mesmo sítio pode ser complicado pois há que gerir duas dimensões existenciais que estão normalmente separadas.
Mas a imposição forçada do “trabalho à distância” a muitas pessoas que nunca viveram essa situação tem implicado também um esforço de acompanhamento dessa sua nova condição. Para além das questões de iliteracia tecnológica ou desconhecimento das ferramentas existentes, trabalhar e viver no mesmo sítio pode ser complicado pois há que gerir duas dimensões existenciais que estão normalmente separadas.
Existe, no entanto, já muita informação dísponível tanto no que toca às ferramentas que podem, consoante os casos específicos, ajudar a trabalhar à distância como no que diz respeito às formas de se organizar para gerir os múltiplos desafios que se colocam quando se trabalha a partir de casa.
LINKS
Artigo – https://www.nytimes.com/2020/03/10/technology/working-from-home.html
Aqui – https://www.axios.com/remote-work-coronavirus-06ab8c7c-59a9-443c-96e4-dda25262f9f9.html
Aqui – https://www.axios.com/remote-work-coronavirus-78ac0a14-1df3-4cb2-889f-c85763840ba2.html
Ferramentas – https://www.publico.pt/2020/03/19/tecnologia/noticia/ferramentas-manter-sanidade-trabalho-distancia-1908350
Radar – MFF