Ainda não há vacinas ou tratamentos aprovados para o covid-19, mas actualmente há um estudo a decorrer que envolve 1 500 pessoas, liderado pela Universidade de Minnesota, para verificar se a hidroxicloroquina pode prevenir ou reduzir a gravidade da doença.
Entretanto, o presidente-executivo da Novartis, Vas Narasimhan, disse que o medicamento para malária, lúpus e artrite da unidade de genéricos Sandoz “é a maior esperança da empresa contra o coronavírus”, disse ao jornal suíço SonntagsZeitung no domingo.
Por isso, a Novartis prometeu doar 130 milhões de doses e está a apoiar os ensaios clínicos necessários antes que o medicamento seja, eventualmente, aprovado para uso contra o coronavírus.
Outras empresas, incluindo a Bayer e a Teva, também concordaram em doar hidroxicloroquina ou medicamentos similares, enquanto a Gilead Sciences está a testar o seu remdesivir experimental contra o coronavírus.
Por isso, a Novartis prometeu doar 130 milhões de doses e está a apoiar os ensaios clínicos necessários antes que o medicamento seja, eventualmente, aprovado para uso contra o coronavírus.
“Estudos pré-clínicos em animais, bem como os primeiros dados de estudos clínicos, mostram que a hidroxicloroquina mata o coronavírus”, assinala Narasimhan. “Estamos a trabalhar com hospitais suíços em possíveis protocolos de tratamento para o uso clínico do medicamento, mas ainda é cedo para dizer algo definitivamente”. E acrescenta ainda que a empresa está actualmente a procurar ingredientes activos adicionais para produzir mais hidroxicloroquina, caso os ensaios clínicos sejam, de facto, bem-sucedidos.
Narasimhan assumiu ainda que três outros medicamentos da Novartis – o Jakavi para câncer, o Gilenya, medicamento para esclerose múltipla e o Ilaris – estão em fase de estudos pelo seu efeito em complicações relacionadas ao covid-19, informou o jornal.
Uma lógica que segue os esforços para redireccionar medicamentos fabricados por outras grandes farmacêuticas como a Roche e Sanofi para tratar complicações relacionadas à doença.
A Novartis fabrica o medicamento para tratar a malária, que também é usado para tratar o lúpus e a artrite reumatóide, na sua unidade de Sandoz, nos Estados Unidos.