Com milhões de pessoas obrigadas a terem de ficar em casa, devido à pandemia do coronavírus, tanto a OMS (Organização Mundial de Saúde) como inúmeras organizações de saúde têm-se desdobrado em conselhos sobre como gerir, entre outros, os sentimentos de ansiedade e solidão resultantes desse isolamento forçado.
Um desses conselhos aponta para a necessidade das pessoas reduzirem a sua exposição diária aos media e, em particular, às redes sociais (verificando as notícias não mais que 2 vezes por dia). Na verdade, como vários estudos têm indicado, o excessivo consumo de informação em momentos traumáticos (ataques terroristas, desastres naturais, etc.) tende a aumentar o stress, a ansiedade e o pânico e a desencadear fenómenos de “contágio social” contraproducentes.
Um outro conselho importante, é procurar manter-se em contacto com familiares, amigos, colegas, etc. através dos diversos dispositivos tecnológicos existentes. Enquanto “animais sociais”, os humanos precisam absolutamente de manter as ligações entre si de forma continuada e estável.
Foi nesta perspectiva que dois artistas, Max Hawkins e Danielle Baskin, criaram um app, a QuarantineChat, Mas esta app quer estender as “ligações sociais” para além do círculo restrito de familiares e amigos. O seu objectivo é ligar pessoas em isolamento de qualquer parte do mundo. Por isso, as “ligações” são geradas aleatoriamente dando assim aos utilizadores a oportunidade de estabelecer “redes sociais” alargadas e heterogéneas que podem levar ao desenvolvimento de “comunidades trans-nacionais” solidárias.
Via RADAR / Maputo Fast Forward