O antigo ministro da Saúde, Hélder Martins, diz que a confirmação da existência da covid-19 em Moçambique “não deve deixar as pessoas em pânico, pois este pode ser pior do que a própria doença”, assinala.
“O coronavírus é uma doença ligeira”, garante o antigo governante e apela: “não entrem em pânico, não há razão para isso”, nem se deve disseminar “notícias falsas”.
Questionado se estaria surpreso com o anúncio do primeiro doente diagnosticado com coronavírus no país, Hélder Martins respondeu negativamente, justificando que a pandemia tem vindo a propagar-se pelo mundo e Moçambique é um dos últimos países.
Na sua perspectiva, o importante, neste momento, “é que Governo tem vindo a tomar medidas para conter a propagação da doença”.
“Devemos respeitar essas medidas sem pânico”
Para Hélder Martins, “a rapidez” com que a doença se propaga é que propicia o contágio de muita gente em pouco tempo, daí que “uma das medidas importantes”, já anunciadas pelas autoridades de saúde, é o rastreio de pessoas suspeitas de terem a doença.
Neste contexto, o antigo ministro da Saúde apela à sociedade a reforçar a higiene, devendo haver maior cuidado com as crianças, uma vez que durante as brincadeiras, em grupos, elas libertam gotículas de saliva, através das quais uma pessoa infectada transmite o vírus aos demais.
Martins recomenda o banimento de saídas de crianças de casa para a rua e visitas aos familiares, até que a situação esteja controlada. Aconselha ainda às famílias a evitarem compras em conjunto, devendo ir uma pessoas de cada vez.
“Não devemos usar máscaras”, sem estar doente, porque só neste caso impedem que o enfermo contamine as pessoas ao seu redor. “Só devem usar máscaras as profissionais de saúde ou pessoas com suspeitas da doença”, explicou o ex-ministro.
Hélder Martins esclarece que o coronavírus pode entrar no corpo humano pela boca, olhos ou outros órgãos.