O presidente do INP avançou que os grupos internacionais envolvidos no projecto de extracção de gás natural na Área 1 da bacia do Rovuma já gastaram cerca de 500 milhões de dólares na aquisição de bens e serviços em Moçambique.
Trata-se de uma parcela que faz parte dos 2,5 mil milhões de dólares acordados entre o Governo e os concessionários liderados pela petrolífera francesa Total, como reserva para despesas com empresas nacionais que prestam serviços ou transaccionem bens para o projecto da Área 1.
O presidente do Instituto Nacional de Petróleos (INP), Carlos Zacarias, disse, recentemente, em Maputo, haver um número crescente de companhias nacionais interessadas em participar em projectos de pesquisa e exploração de hidrocarbonetos no país.
“Temos uma base de dados onde já foram registadas 1400 empresas, das quais 427 estão registadas em Moçambique e 307 detidas por moçambicanos, o que é encorajador neste esforço de dinamizar a economia nacional”, disse.
Um dos principais constrangimentos que as empresas moçambicanas enfrentam para beneficiar das oportunidades nos projectos de exploração do gás está relacionado com o facto de a maioria não reunir os requisitos exigidos pelas companhias petrolíferas para fornecerem bens e serviços.
Para contrariar este cenário, o Instituto das Pequenas e Médias Empresas, em parceria com as multinacionais que operam em Moçambique, lançou um projecto de certificação das empresas, para que estas possam beneficiar das oportunidades criadas.
O sector privado tem defendido, por outro lado, a aprovação de uma Lei de Conteúdo Nacional que reserve uma quota na estrutura accionista dos grandes projectos para as PME moçambicanas.