A Conferência Anual do Sector Privado (CASP-2020), agendada para Maio, tem a sua realização em dúvida devido à propagação mundial do novo coronavírus e pela obrigatoriedade de restrições para se prevenir contra a pandemia.
“Com a recomendação (do Estado) para não realização de eventos com mais de 300 pessoas e se a situação prevalecer, infelizmente, não teremos como realizar a conferência anual do sector privado”, lamentou o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma.
O presidente da entidade organizadora da CASP-2020, que efectuava um périplo no distrito da Manhiça para avaliar o nível da produção e produtividade das empresas, bem como aferir o grau de preparação das indústrias para eventual eclosão do novo coronavírus no país, manifestou-se esperançoso na disponibilidade de uma vacina a curto prazo.
As importações e exportações no país, por conta do surto, baixaram drasticamente e o impacto poderá ser ainda mais desastroso
Vuma disse ainda que está prestes a ficar concluído um estudo que vai trazer uma série de orientações e medidas a serem adoptadas pelas empresas, nomeadamente aduaneiras, financeiras, laborais e até medidas que possam apontar incentivos para minimizar impactos económicos da pandemia nos próximos tempos.
O presidente da CTA mostrou-se igualmente preocupado com a situação de incerteza criada pelo novo coronavírus na economia mundial em geral e moçambicana em particular, obrigando à tomada de medidas de contenção da doença por parte dos Estados, tais como encerramento de fronteiras, situação que tem impacto negativo à economia e na vida das empresas.
O presidente do CTA reiterou que as importações e exportações no país, por conta do surto, baixaram drasticamente e que o impacto poderá ser ainda mais desastroso, uma das razões para a realização do estudo mencionado.