OAMO, o estúdio de design e arquitectura fundado por Rem Koolhaas, uma das grandes referências mundiais no campo da arquitectura, e a construtora Volkswagen, anunciaram uma parceria para explorar o futuro da mobilidade rural.
O primeiro projecto resultante desta parceria será o desenvolvimento de um tractor eléctrico que ajude os pequenos agricultores da África sub-saariana a aumentar a sua produção de uma forma sustentável. O protótipo deste tractor eléctrico já pode ser visto, neste momento, no Museu Guggenheim, em Nova Iorque, no âmbito da exposição “Countryside, The Future” que tem curadoria de Troy Conrad Therrien (curador responsável da programação do Museu na área da arquitectura, de Samir Bantal (director da AMO) e do próprio Rem Koolhaas.
Para a Volkswagen, este projecto, que tem estado a ser concebido conjuntamente pela sua unidade de inovação (a Volkswagen Group Innovation) e a sua filial na África do Sul (Volkswagen Group South Africa), insere-se na sua estratégia de desenvolvimento de novos produtos no âmbito da mobilidade eléctrica e na criação dos ecossistemas que lhe estão associados.
Este projecto, insere-se na sua estratégia de desenvolvimento de novos produtos no âmbito da mobilidade eléctrica e na criação dos ecossistemas que lhe estão associados
De acordo com os responsáveis da Volkswagen, este tractor eléctrico não será vendido a pessoas individuais mas sim alugado a comunidades rurais e pequenos agricultores no sentido de potenciar a sua utilização e ajudar ao desenvolvimento da micro-agricultura.
Para além da componente de I&D (Investigação & Desenvolvimento), onde se concentram, neste momento, a maior parte dos esforços, a Amo e a Volkswagen anunciaram também que vão começar uma primeira ronda de contactos com comunidades locais, universidades e outras entidades para definir melhor as possíveis modalidades que esta “economia de partilha” irá assumir quando o tractor estiver disponível.
Para Rem Koolhaas, esta iniciativa faz parte de uma série de projectos que pretende vir a desenvolver desde que começou a tomar consciência de que, com a crescente urbanização a nível global, e a quase exclusiva atenção que lhe tem sido dada, perante os desafios que essa concentração da população mundial em mega-metrópoles irá implicar, o mundo rural tem sido “esquecido” o que, para Rem Koolhaas, sugere a existência de um imenso potencial para a inovação sustentável nessa “outra metade” do mundo.
Via RADAR / Maputo Fast Forward