AMota-Engil estima que Moçambique seja “o principal contribuidor” para o crescimento do grupo em África nos próximos anos, onde a facturação cresceu 11% para mil milhões de euros em 2019 e a previsão de longo prazo é “positiva”.
“Estima-se que Moçambique seja o principal contribuidor para o crescimento durante os próximos anos devido aos contratos em execução (Vale) e potenciais novos contratos que possam vir a ser adjudicados, mantendo a Mota-Engil uma forte operação nos outros mercados principais”, avança a empresa numa apresentação dos resultados de 2019 enviada à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM).
Segundo adianta, no ano passado a margem EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) em África foi de 22%, “com contribuição resiliente dos principais mercados”, sendo a previsão para 2020 de um “crescimento do volume de negócios em um dígito (alto) e margem EBITDA de 20%”.
Globalmente, a Mota-Engil atingiu em 2019 um volume de negócios de 2,8 mil milhões de euros (+2,2%)
A Mota-Engil tem actualmente actividade em 11 países africanos – Angola, Moçambique, Malawi, África do Sul, Zimbabué, Uganda, Ruanda, Guiné-Conacri, Camarões, Costa do Marfim e Quénia – e uma carteira de obras de 2,7 mil milhões de euros.
Globalmente, a Mota-Engil atingiu em 2019 um volume de negócios de 2,8 mil milhões de euros (+2,2%), num ano em que o grupo viu o lucro subir 13% para 27 milhões de euros.
Segundo a informação comunicada pela empresa à CMVM, o EBITDA fixou-se em 420 milhões de euros, com uma margem de 15%, com os negócios não construção de representarem 24% do total.
O volume de negócios chegou aos 2,8 mil milhões, “com contributo balanceado entre regiões e com os negócios não construção a representarem 19% do total”, acrescenta o grupo.
O resultado financeiro de 2019 foi “positivamente influenciado por ganhos cambiais, enquanto os custos financeiros permaneceram estáveis”, refere a informação divulgada pela CMVM.