Opreço do barril de petróleo Brent, de referência na Europa, estava esta terça-feira a recuperar 7%, depois de na “segunda-feira negra” ter caído 25% devido à guerra de preços iniciada pela Arábia Saudita.
O barril de petróleo Brent para entrega em maio de 2020 abriu ontem em alta, a cotar-se a 36,85 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 7% que no final da sessão de segunda-feira, mas cerca das 8:45 em Lisboa voltou a recuar ligeiramente para 36,51 dólares.
O Brent terminou a cotar-se a 34,36 dólares na segunda-feira, quando registou a maior queda diária desde a Guerra do Golfo em 1991, devido principalmente à decisão da Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, de baixar o preço das suas exportações, mas também devido à crescente inquietação dos mercados em relação à epidemia do Covid-20.
Analistas estimam que a guerra de preços possa levar ao afundamento do “ouro negro”, para cerca de 20 dólares por barril
Mas a queda do petróleo ocorreu depois da aliança entre a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Rússia e outros nove produtores ter fracassado na passada sexta-feira em Viena, pela primeira vez desde que se tinha constituído em 2016, ao não chegar a um acordo sobre um novo corte da oferta conjunta de petróleo.
Um dia antes, a OPEP tinha acordado por unanimidade a iniciativa da Arábia Saudita de retirar do mercado 1,5 milhões de barris por dia para travar a queda da procura provocada pelo novo coronavírus.
Os analistas estimam que a guerra de preços possa levar ao afundamento do “ouro negro”, para cerca de 20 dólares por barril, a menos que os sauditas e os russos voltem a negociar.
Nas últimas semanas, o “ouro negro” tinha vindo a cair devido à epidemia do Covid-19, que tem tido um impacto negativo nos mercados de valores em todo o mundo e nas ações das companhias aéreas.