Adoca seca e o porto de pesca de Quelimane, na província da Zambézia, vão ser entregues em concessão à gestão privada, a fim de rentabilizar aquelas infra-estruturas de apoio à pesca industrial no chamado Banco de Sofala.
De acordo com a ministra do Mar, Águas Interiores e Pesca, Augusta Maita, que trabalhou recentemente na Zambézia no contexto de acompanhamento das actividades dos 100 dias de governação do sector que dirige, disse em Quelimane que os concursos públicos para o efeito já foram lançados e, neste momento, aguarda-se a selecção da melhor proposta técnica e financeira.
Construídas na década de 90 do século XX, numa altura em que a pesca industrial esteve em alta, as duas infra-estruturas, localizadas no Rio dos Bons Sinais, atravessaram períodos difíceis devido a problemas de gestão e da transferência para a cidade da Beira das sedes sociais das grandes empresas pesqueiras que operavam na Zambézia.
As duas infra-estruturas foram construídas no âmbito da cooperação entre Moçambique e Japão e, durante o tempo em que esteve operacional, a doca seca de Quelimane assegurou a manutenção e reparação de muitas embarcações nacionais e até de algumas que operavam em águas sul-africanas.
A doca seca foi construída para fazer a manutenção e reparação de navios da pesca industrial e não só, mas começou a enfrentar problemas de gestão até que paralisou por completo as actividades, empurrando mais de cinquenta trabalhadores para o desemprego.
Enquanto isso, o porto de pesca de Quelimane, uma infra-estrutura flutuante, era usada para o reabastecimento de navios em combustível e reforço de logística, tendo a sua paralisação deixado quarenta trabalhadores no desemprego, todos eles com ordenados por receber.