Cerca de 60% das passagens aéreas internacionais emitidas a partir de Moçambique foram canceladas devido a epidemia do Covid-19. O impacto na indústria de aviação civil pode atingir 110 mil milhões de dólares.
Segundo a previsão da Associação Internacional dos Transportes Aéreos (IATA), o receio de viajar devido ao surto Covid-19, obrigou as companhias aéreas a cancelar voos para destinos afectados, principalmente para China, Ásia e alguns países europeus. Desde que foi diagnosticado o primeiro caso na China, o número de reservas têm estado a diminuir drasticamente.
A Transportadora Aérea Portuguesa (TAP) já cancelou mais de mil voos. Por falta de passageiros, a companhia aérea alemã Lufthansa parqueou 150 aeronaves do longo curso e regionais, tendo já cancelado nove mil voos.
Com uma frequência de um voo diário entre Maputo a Adis Abeba, a Ethiopian Airlines, anunciou também esta segunda-feira, a redução de número de voos.
A situação neste momento é muito preocupante para o sector de aviação a nível mundial
“Acabamos de receber a informação da Ethiopian Airlines, que no período de 13 a 28 de Março vai reduzir o número de voos para Moçambique. Eles, tem um voo por dia, e vão reduzir duas frequências o que quer dizer que ao invés de termos sete voos semanais, vamos ter cinco voos por semana”, revelou Muhammad Abdlullah, gestor da Agência de Viagens COTUR.
Segundo Muhammad Abdlullah, a situação neste momento é muito preocupante para o sector de aviação, pois “tivemos uma quebra acentuada para viagens internacionais na ordem dos 60%”.
Devido ao coronavírus, o governo moçambicano suspendeu preventivamente a emissão de vistos de entrada para cidadãos provenientes da China. Está igualmente suspensa a emissão de vistos de saída para moçambicanos para China.
As agências de viagens nacionais ressentem o impacto do coronavírus que está a abalar o sector de aviação civil a nível global.