OBanco de Moçambique alertou na última sexta-feira a banca comercial do risco de ataque cibernético, apelando à prevenção coletiva para evitar instabilidade no sector financeiro do país.
“Uma maior consciencialização sobre a natureza dos riscos cibernéticos, suas fontes, implicações e formas de mitigação é o primeiro passo para nos protegermos contra esses eventos”, disse Rogério Zandamela, governador do Banco de Moçambique.
O responsável falava em Maputo num encontro sobre a regulação e supervisão da ciber-segurança no sistema financeiro em Moçambique.
O dirigente acrescentou que a adopção da tecnologia e das competências adequadas na banca comercial é um dos meios para evitar crimes cibernéticos, cujos custos económicos são avultados para todos.
Sem, no entanto, avançar com os tipos e/ou casos mais frequentes de ataques cibernéticos que se registam no sistema financeiro nacional, o governador do Banco Central deixou algumas recomendações para os gestores da banca comercial.
“É preciso uma actuação conjunta entre as instituições financeiras activas no mercado moçambicano. Aprimorar o quadro regulatório”, apontou Rogério Zandamela.
No entendimento do regulador do sistema financeiro nacional, a melhor defesa passa pela existência de uma regulação que assegure a resiliência cibernética.
Estudos apontam que o crime cibernético é o décimo maior risco mundial para a banca. Em 2018, o Governo aprovou uma resolução que ratifica a convenção da União Africana sobre a Ciber-segurança e proteção de dados.