Bancos comerciais Standard Bank, BCI e ABSA estão a financiar em 150 milhões de dólares americanos as obras de reabilitação e modernização da estratégica linha férrea que liga o Porto da Beira à República do Zimbabwe.
A informação foi avançada pelo PCA da Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), Miguel José Matabel, que destacou o investimento dos bancos nacionais no desenvolvimento do sector ferro-portuário.
Neste momento o transporte de cargas para os países da interland é condicionado ao estado da Ferrovia, e a velocidade máxima dos comboios não pode passar os 30 quilómetros por hora o que dita longas horas para ligar Beira e Zimbabwe.
No final das obras espera-se que a Linha Beira-Machipanda reduza significativamente o tempo de viagem dos comboios de 18 para 12 horas, diminuição do acentuado nível de descarrilamentos, aumentar capacidade de transporte da via de cerca de 500 mil para três milhões de toneladas por ano, garantir comodidade e segurança do tráfego.
No espectro económico, o objectivo principal é o de reconquistar a carga rodoviária para ferroviária, aumento dos comboios, maior escoamento das mercadorias beneficiando Zimbabwe, Zâmbia e República Democrática do Congo, numa fase que está em curso trabalho de marketing pelos CFM, com vista a trazer mais carga para Porto da Beira.