O ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, disse, esta segunda-feira, em Maputo, que pretende fazer da industrialização uma das principais prioridades do país para melhorar as exportações.
Para Mesquita, que falava durante as visitas às instituições tuteladas pelo ministério, esse é um desígnio que se vai alcançar através do fomento e criação de mais unidades industriais com potencial suficiente para produzir com qualidade e em larga escala, não só para a satisfação do mercado doméstico, assim como para a melhoria dos níveis de exportação.
“Nós queremos que a nossa balança comercial registe mais exportações do que as importações. Queremos atravessar fronteiras, porque neste momento não estamos satisfeitos com os níveis da balança comercial”, frisou.
A industrialização do país faz parte de um dos quatro pilares deste quinquénio, em alinhamento com os planos de integração regional e continental
O governante considera que para o início do processo de industrialização, primeiro terá de se inventariar o sector da indústria para se determinar o número das unidades existentes, os seus problemas e expectativas, para que, na sequência, se relance o plano de desenvolvimento da indústria nacional, focado no desenvolvimento da agricultura.
Actualmente, os níveis de exportação são muito baixos, o que, para Mesquita, não o devia ser, considerando que o país dispõe de muitos recursos, tais como terras férteis e as melhores condições climáticas para se assegurar uma produção sustentável.
O ministro lembrou aos funcionários que com o desafio colocado pelo Presidente da República “temos que acelerar o processo da industrialização”, visto este ser o sector que, a curto e médio prazos, pode minimizar as importações moçambicanas e melhorar o nível das exportações.
A visita abrangeu oito instituições, nomeadamente, a Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX), a Bolsa de Mercadorias de Moçambique (BMM), o Instituto de Cereais de Moçambique (ICM), a Direcção Nacional da Indústria (DNI), o Instituto da Propriedade Industrial (IPI), a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), o Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas (IPEME) e o Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ).
“Deste modo, devemos estimular iniciativas empresariais que visem a revitalização e modernização das agro-indústrias, das indústrias agro-químicas, têxteis e confecções, metalo-mecânicas e indústrias de materiais de construção”, finalizou, defendendo que se deve gerar mais emprego para os jovens no país e reduzir-se as assimetrias de desenvolvimento e os desequilíbrios da balança comercial.