A contribuição dos mega-projectos da indústria extractiva no país atingiu cerca de 73.3 mil milhões de meticais em 2019, um aumento de cobrança em mais de cinco vezes que no ano anterior.
Segundo o Relatório de Execução Orçamental referente ao ano de 2019, o Estado moçambicano encaixou mais de 276 mil milhões de meticais em receitas, com os chamados mega-projectos da indústria extractiva a contribuírem com cerca de 26,5% deste montante arrecado.
As grandes empresas da indústria extractiva injectaram pouco mais de 73.3 mil milhões de meticais nos cofres públicos, contra apenas 14.4 mil milhões do ano anterior.
A cobrança das receitas de mais-valias no montante de 54.1 mil milhões de meticais, resultante da venda dos activos da petrolífera Anadarko, na Área da bacia do Rovuma, a favor da francesa Total, foi a que mais contribuiu para o aumento da contribuição dos mega-projectos no período em análise.
No sentido inverso, os sectores de exploração de recursos minerais e outros mega-projectos, registaram decréscimos de 20,9% e 13,8%, respectivamente, como resultado da queda do preço do carvão no mercado internacional.
Já em termos de ganhos para as comunidades, consta que foram transferidos apenas 83.4 milhões de meticais das receitas geradas pela extracção mineira e petrolífera.