Uma aplicação dinâmica para uma cidade inteligente, promovendo a inclusão digital. É o foco da plataforma UBI, lançada pela equipa criativa da ANIMA
A evolução do mundo tecnológico obriga à reinvenção permanente das diferentes ferramentas. E se, graças às novas tecnologias, muita coisa tem seguido o rumo da automação, com as casas a tornaram-se inteligentes, também as cidades seguem essa tendência. E Maputo não foge à regra. Neste caso, através da plataforma UBI. Desenvolvida por uma equipa de jovens developers moçambicanos do estúdio criativo da ANIMA, a plataforma é composta por dois aplicativos, a UBI Spots, um agregador de informação sobre estabelecimentos, serviços, locais públicos e geográficos de Maputo, e a UBI Eventos, que reúne uma informação sobre eventos que estão a acontecer na cidade.
De acordo com Alexandre Coelho, director-geral da ANIMA e gestor da UBI, a ideia é simples: “recorrer ao potencial dos meios digitais para disponibilizar informação actualizada sobre eventos, lugares de lazer e roteiros a percorrer, na cidade de Maputo. Queremos garantir a todos o acesso a informação detalhada sobre a cidade de Maputo através de uma plataforma que consolide a informação cultural, turística e de lazer para que qualquer pessoa a ela possa aceder em tempo real”, explica.
Alexandre Coelho é o Director-geral do grupo, fundado em 1995
A ideia foi impulsionada pelo crescimento do número de estabelecimentos de restauração, hotelaria e comerciais na capital. “A plataforma surge da necessidade que sentimos, já há alguns anos, enquanto cidadãos e habitantes da cidade de Maputo. Existe muita coisa a acontecer na cidade, há locais novos a surgir, mas acabamos por estar sempre na mesma rotina porque desconhecemos o que se está a passar na cidade”.
A plataforma UBI está disponível em todos os formatos digitais, tanto móveis como também na web, e a equipa da ANIMA não tem dúvidas em afirmar que “este é apenas o primeiro passo” para tornar a capital do país numa cidade Inteligente, não apenas pela inovação tecnológica que representa, mas, prossegue, “porque procura promover a inclusão digital, a educação cívica e a transparência de informação, contribuindo de uma forma activa para o crescimento da oferta social, cultural e económica de Maputo”, assinala. “Sentimos a necessidade de ter uma plataforma de centralização de informação pensada para Maputo nesta fase inicial mas irá, acreditamos, estar disponível em outras grandes cidades do país. Estamos a trabalhar para isso”, revela.
Depois, a UBI não traz apenas vantagens para o utilizador. Segundo o gestor, “ela tem, também, o objectivo de fomentar o comércio local, disponibilizando aos provedores dos mais variados serviços, um conjunto de mecanismos de interacção com os seus potenciais visitantes ou clientes, podendo criar promoções e novos serviços.”
A Ubi já cadastrou mais de 1 500 empresas e tem mais de mil usuários registados
Assim, nesta fase inicial, faz parte do projecto a instalação de dois quiosques digitais (nesta altura é apenas um, localizado na Av. 24 de Julho perto da escola secundária Josina Machel), pontos de onde qualquer utilizador pode consultar, gratuitamente, toda informação dos dois aplicativos. “O potencial é tremendo. Teremos o mapa interactivo da cidade, onde será possível saber, por exemplo, quantos carros estão numa determinada rota a circular e quanto tempo levará a chegarmos ao nosso destino”, sublinha.