O Projecto Mozambique LNG, liderado pela Total, e a Technip vão apoiar o Museu Nacional de Geologia, através da reabilitação das suas instalações e da concepção e montagem de uma exposição permanente de Geociências do Petróleo.
O apoio, formalizado ontem, em Maputo, através de um memorando de entendimento assinado entre as duas empresas, o Instituto Nacional de Petróleos (INP) e o Museu Nacional de Geologia, está orçado em cerca de 175 mil dólares americanos, sendo cerca de 150 mil provenientes da Total e cerca 25 mil da Technip.
Na ocasião, o Presidente do Conselho de Administração do INP, Carlos Zacarias, afirmou que “[o] museu foi criado há algum tempo e, de vez em quando é necessário investir nas infraestruturas que nós temos e o que vamos ter aqui é a criação de uma secção específica sobre petróleo e gás. Naturalmente, isso vai trazer toda uma série de benefícios para o museu, assim como para os estudantes que terão a oportunidade de ver as amostras de carotes e conhecer um pouco da história sobre a extracção de petróleo e gás. Como INP, iremos dar o nosso apoio a Total e a Technip naquilo que pudermos”.
Pretende-se também influenciar as gerações jovens a abraçarem uma carreira no sector de petróleo e gás
O Director do Museu Nacional de Geologia, Dino Milisse, disse: “sentimo-nos muito felizes com esta parceria, que vai permitir termos uma sala especialmente dedicada a geociências do petróleo. Sabemos que, hoje, esta é uma das áreas mais faladas e as pessoas procuram saber mais sobre o sector e nós tínhamos esse défice dentro do museu, que felizmente vai ser colmatado. Por outro lado, a reabilitação vai também ser uma lufada de ar fresco na medida que vai dar um outro ar ao museu, o que irá servir de chamariz para atrair muito mais visitantes curiosos em saber mais sobre petróleo e gás.”
Para Ronan Bescond, Director Geral da Total em Moçambique, “este apoio inscreve-se no nosso programa global de responsabilidade social que estabelece a educação e inclusão dos jovens, e o diálogo de culturas e património como duas das suas áreas de intervenção”.
Ronan Bescond afirmou ainda que “ao apoiarmos o museu, visamos, pois, contribuir, em particular, para a elevação do conhecimento dos jovens na área do petróleo e gás, o que pode servir de catalisador para a sua inserção neste mercado relativamente novo em Moçambique. Ao mesmo tempo, ajudamos na preservação e florescimento de um importante património do país que, para além de constituir um repositório de conhecimentos, pode se inscrever, para os visitantes que acolhe, como um local privilegiado de diálogo de culturas”.
O museu vai receber obras de reabilitação das suas instalações e da concepção e montagem de uma exposição permanente de geociências do petróleo
Por sua vez, o Director da Technip, Nicolas Sicard, referiu que “somos uma das empresas contratadas para o projecto Mozambique LNG, mas não podemos ver projectos de desenvolvimento no norte do país, sem no mínimo contribuir com a partilha do conhecimento sobre o que é petróleo e gás, como ocorre a sua formação. E, com esta iniciativa, talvez possamos, a longo prazo, influenciar as gerações jovens que visitam o museu a abraçarem uma carreira no sector de petróleo e gás, e no fim do dia, se juntarem nesta aventura fascinante”.