O mais recente boletim de Índice de Preços no Consumidor (IPC) do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) revela que o país terminou o ano de 2019 com um ligeiro abrandamento da inflação que se situou em 3,5%.
O valor de inflação acumulada de Janeiro a Dezembro (e inflação homóloga) representa um ligeiro abrandamento em relação aos 3,52% com que o IPC terminou 2018 e um ritmo ainda mais calmo de subida de preços se comparado com os 5,65% de 2017.
A inflação em 2019, face ao ano anterior, ficou assim abaixo da previsão de 6,5% que constava do Orçamento do Estado para 2019 e ligeiramente acima dos 3% previstos pelo Fundo Monetário Internacional há dois meses.
Noutros cálculos, a inflação média a 12 meses manteve-se em 2,78%, em Dezembro
“Analisando a inflação acumulada por produto há a destacar a subida de preços do tomate, de refeições completas em restaurantes, da cebola, do pão de trigo, do feijão manteiga, do amendoim e de veículos automóveis ligeiros novos cujo impacto no total da inflação acumulada estimou-se em cerca de 2,23 pontos percentuais”, lê-se.
A inflação mensal foi a mais alta, seguindo um padrão habitual na época festiva de férias, Natal e final de ano, com um incremento no cabaz de preços observado em 1,28%.
A inflação mensal, em 2019, foi sempre inferior a 1% e chegou a ser negativa em Maio, Junho e Julho.
Os valores do IPC são calculados a partir das variações de preço de um cabaz de bens e serviços, com dados recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e Nampula.