O ministro do Mar, Águas Interiores e Pescas, Agostinho Mondlane, revelou que parte dos 30 trinta barcos da Empresa Moçambicana de Atum (Ematum) já estão a operar graças a uma parceria externa.
“A própria Ematum já encontrou alternativas. Há alguns barcos que já estão a pescar fruto de parceiras com investidores estrangeiros. Há também investidores nacionais que estão interessados”, disse.
Sem, no entanto, avançar o número dos barcos que estão nas águas nacionais, Agostinho Mondlane, disse que o mais importante é o Governo encorajar as iniciativas para a operacionalização destas embarcações.
Os 30 barcos da Ematum custaram ao Estado moçambicano cerca de 850 milhões de dólares em dívida
O plano para operacionalizar os 30 barcos quase obsoletos, começou a ser desenhado em 2018. Em Abril do ano seguinte (2019), e na altura o ministro falou de alguns condicionalismos.
“Qualquer decisão do Governo sobre as embarcações tem implicações ao nível externo. Entretanto, o Governo está a tomar cautelas e a fazer consultas necessárias para a atender a sensibilidade do assunto”, argumentou.
Sabe-se que as embarcações da Ematum foram adquiridas num estaleiro francês em 2013, no decurso do último mandato de Armando Emílio Guebuza. Na altura, as projecções governamentais apontavam para um encaixe anual de 90 milhões de dólares em receitas com a captura de atum.
O facto é que os 30 barcos da Ematum custaram ao Estado moçambicano cerca de 850 milhões de dólares em dívida e nunca realizaram as actividades de pesca.