O Governo anunciou, esta terça-feira, que a empresa pública Portos e Caminhos-de-ferro de Moçambique (CFM) vai passar a explorar o porto de Nacala a partir de Janeiro próximo, quando terminar a concessão à Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN.
“A exploração comercial do serviço portuário no perímetro da Concessão Portuária do Porto de Nacala passa para a responsabilidade da Portos e Caminhos-de-ferro de Moçambique”, lê-se no comunicado.
A concessão do sistema ferroviário é válida por 30 anos, enquanto a do porto de Nacala dura 15 anos, terminando em Janeiro
A CDN é uma sociedade anónima cujo objectivo é a gestão, reabilitação e exploração comercial de forma integrada das infraestruturas do porto de Nacala e da rede ferroviária do norte do país através de concessões que começaram em Janeiro de 2005.
A extracção de carvão pela empresa mineira brasileira Vale na região de Tete tornou viável a construção de uma ferrovia de 912 quilómetros, incluindo 200 que atravessam o território do Malawi, e um terminal portuário de águas profundas em Nacala.
Para poder exportar por via marítima, a Vale associou-se à japonesa Mitsui e à CFM, num investimento de 4,5 mil milhões de dólares.
Actualmente, a linha permite transportar todo o tipo de cargas e passageiros até Lichinga, capital da província do Niassa.