O Fundo de Energia (Funae) anunciou, esta segunda-feira, em Maputo, que a intenção de envolver o sector privado no fornecimento de energia é uma estratégia para flexibilizar os planos de expansão da rede eléctrica no país.
O presidente do Conselho de Administração do Funae, António Saíde, assumiu que o desejo era o de poder cobrir todo o território nacional com os serviços da empresa pública, Electricidade de Moçambique, mas que se devem encontrar outras soluções, “e, neste contexto, com pequenas mini-redes, poderemos ter privados a operar”.
O plano do Governo é dar concessão para a criação, gestão e comercialização de energia, através de mini-redes, principalmente, nas zonas recônditas, no âmbito de reformas legislativas que, desde Novembro, estão a ser realizadas no sector da energia.
“O sector privado vai ser o parceiro estratégico que poderá acelerar na contribuição” do processo de electrificação no país.
No âmbito deste plano, o Governo compromete-se a criar condições de financiamento para atrair empresários de energia para áreas mais longínquas do país.
A rede moçambicana é gerida pela empresa EdM desde a independência em 1975, e estima-se que 32% de pessoas tenham acesso à rede eléctrica, em um universo de cerca de 28 milhões de habitantes, segundo o último censo populacional, divulgado em 2017.