O Conselho de Administração da BIOFUND aprovou, na última quarta-feira (11), a duplicação do seu orçamento para o próximo ano, passando de cerca de 4,6 milhões de dólares norte americanos para 8,4 milhões, dos quais cerca de 5,6 milhões são para o apoio às Áreas de Conservação e Protecção Ambiental.
Esta cobertura vai representar um crescimento significativo, considerando que, desde o seu lançamento público em 2015, a BIOFUND desembolsou cerca de 3 milhões de dólares para o reforço da capacidade de fiscalização daquelas áreas, sendo de destacar, este ano, o apoio adicional para Áreas de Conservação afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth.
Uma parte significativa deste financiamento provém de recursos próprios da instituição, a partir de rendimentos com base na doação de cerca de 35 milhões de dólares, resultantes de uma contribuição do Banco Alemão para o Desenvolvimento (KFW), do governo moçambicano através do Fundo Global do Ambiente (GEF) e da Conservation International.
“O próximo ano vai ser caracterizado pela entrada de novos doadores, solidificação de mecanismos de financiamento inovadores e implementação de um programa estruturante”
A reunião do Conselho de Administração debruçou-se, essencialmente, sobre aspectos relacionados à estratégia de investimentos e o plano de actividades para o próximo ano, com destaque para a sensibilização sobre a protecção de áreas marinhas no contexto das mudanças climáticas.
“O ano que [vai iniciar] será marcado pela entrada de novos doadores como a União Europeia, pela solidificação de mecanismos de financiamento inovadores e pela implementação de um programa estruturante que pretende reforçar as capacidades e habilidades dos profissionais do Sistema Nacional das Áreas de Conservação (SNAC) de Moçambique, formar e motivar jovens qualificados em liderança para conservação”, disse Luís Bernardo Honwana, Director Executivo da BIOFUND.
A BIOFUND é uma fundação nacional privada, criada como uma solução a longo prazo para garantir um financiamento sustentável às Áreas de Conservação, seguindo as normas das melhores práticas internacionais para Fundos Ambientais, consagradas nos parâmetros da CFA (Conservation Finance Alliance) tendo, recentemente, passado por uma avaliação institucional independente que destacou o seu desempenho positivo.