Os serviços de cabotagem em Moçambique vão iniciar no primeiro trimestre de 2020, e deverá ser prestado por uma empresa constituída ao abrigo de uma parceria público-privada, anunciou, quarta-feira (4), em Maputo, o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita.
Nesse âmbito, um memorando de entendimento foi assinado em Março de 2018 entre a Empresa Moçambicana de Transporte Marítimo e Fluvial (Transmarítima) e a Peschaud Moçambique, subsidiária do grupo francês de logística terrestre, fluvial, lacustre e marítima Peschaud et Cie International.
Mesquita, falando na primeira cerimónia de graduação da Escola Superior de Ciências Náuticas, disse que a revitalização da cabotagem visa diversificar as modalidades de transporte, devendo ter como impacto imediato a redução do custo de transporte dos produtos e, consequentemente, de preços ao consumidor final.
A revitalização da cabotagem visa diversificar as modalidades de transporte
No princípio da década de 80, o Governo criou a Empresa Moçambicana de Navegação (Navique), que detinha o monopólio do transporte de carga de cabotagem e possuía uma frota de 21 navios, para uma costa de aproximadamente 2700 quilómetros de extensão.
Com o fim da guerra civil, em 199,2 e o reinício da circulação rodoviária, registou-se a diminuição de carga nos portos em paralelo com a diminuição do número de navios por abates e sem reposição.
A Escola Superior de Ciências Náuticas é uma instituição de ensino superior tutelada pelo Ministério dos Transportes e Comunicações, que formou 115 alunos em cursos como Navegação Marítima, Direito Marítimo, Engenharia de Máquinas Marítimas e Economia e Gestão de Portos.