A petrolífera francesa, Total, prevê adjudicar contratos avaliados em 2,500 milhões de dólares a empresas moçambicanas durante as obras de construção do projecto de exploração de gás natural na Área 1, na província de Cabo Delgado.
“O projecto espera adjudicar contratos de cerca de 2.500 milhões de dólares a empresas de capitais moçambicanos ou registadas em Moçambique durante o período de construção de cinco anos”, referiu, o Director-geral da Total em Moçambique e do Projecto Mozambique LNG, Ronan Bescond, citado em comunicado.
A maior parte do remanescente vai ser aplicado em bens e serviços técnicos que actualmente não podem ser adquiridos no país
A Total lidera o consórcio, e o valor representa “mais de um terço” dos contratos a celebrar na infraestrutura em terra (excluindo aquela a instalar no mar), acrescentou.
A maior parte do remanescente “será aplicado em bens e serviços técnicos altamente especializados que actualmente não podem ser adquiridos em Moçambique”, acrescentou Bescond.
A Total está a promover sessões de apresentação de oportunidades de negócio a empresários moçambicanos em conjunto com as suas principais subcontratadas para as obras dos megaprojectos.
Trata-se do consórcio CCS JV, contratado para engenharia, aquisições e construção da instalação de gás natural liquefeito (LNG, na sigla em inglês), e as empresas IFS (gestão de acampamento), Garda World (serviços de segurança), Gabriel Couto (construção de estradas), I-SOS (serviços médicos) e Renco (construção de acampamento).
A Área 1 prevê iniciar a produção de 12,88 milhões de toneladas por ano de LNG em 2024.
Um outro plano de desenvolvimento está aprovado para a Área 4 da bacia do Rovuma, cujo consórcio é liderado pelas petrolíferas Exxon Mobil e Eni, que deverão anunciar a decisão final de investimento já no próximo ano.