A Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento (Sofid) anunciou, esta quarta-feira (4), que financiou cerca de 1,5 milhão de euros a empresa portuguesa Construções Gabriel Couto para a construção de um aeródromo.
O comunicado avança que a operação tem como “ponto de partida” a construção do aeródromo que vai servir os megaprojectos de gás natural do Norte do país, acrescentando que a construtora tem outros projectos em carteira, os quais deverão totalizar investimentos de 10 milhões, em Moçambique.
A Sofid – uma instituição financeira de desenvolvimento portuguesa detida maioritariamente pelo Estado – acredita que a construção do novo aeródromo, no distrito de Palma, província de Cabo Delgado, deverá acarretar benefícios sociais e ambientais.
O financiamento deve ser utilizado por investimento privado com impacto nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável
“Estima-se que a empresa construtora mobilize mais de 400 trabalhadores da região para as suas obras”, além de promover “acções sociais para melhoria das condições de vida das comunidades”, lê-se.
Por outro lado, os níveis de gestão e respeito ambiental impostos pelos consórcios de gás natural, deverão fazer com que esse financiamento esteja a ser utilizado por “investimento privado com impacto nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, sendo esta uma das metas delineadas pelas Nações Unidas.
A província de Cabo Delgado é palco de investimentos privados da ordem dos 50 mil milhões de dólares (45,1 mil milhões de euros), dos maiores actualmente em curso em África, cujo objectivo é a exploração de reservas de gás natural a partir de 2022 e que deverão catapultar o crescimento económico de Moçambique.